Olhar para trás nem sempre é retroceder.

Olhar para trás nem sempre é retroceder.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O toque do seu celular



NÃO quero saber da música que ele emana e sim do ritmo de nosso amor; 

Quando você atende, parece que tudo clareia e que o mundo vale a pena; 

O seu alô é bálsamo e transforma saudade em alegria;

Sei que um dia isso pode acabar e a sua voz, hoje tão natural, poderá ser substituída por uma mecânica gravação; 

Nesse dia, espero que a sua ausência seja devido a novos tempos e que eu possa sentir, mesmo à distância, os clarões fantásticos gerados pela sua felicidade. 

Olhares

Olhares fracos de velhice; 
De lince, tamanha a exatidão; 
De criança, que tudo alegre vê; 
De mãe, que por amor às vezes finge saber; 
De amor, que insiste em não querer ver o fim; 
De paixão, que tudo quer e deseja com os olhos;
De inveja, que tudo murcha; 
De superioridade, que vez ou outra supera; 
De tesão, que por vezes goza; 
De medo, que por segundos chora;
De saudade, que agora sente; 
De solidão, mesmo com companhia; 
De sonhos, que de noite desperta; 
De abundância, que enche, mas não contempla; 
De morte, que tudo acaba; 
De esperança, que tudo floresce; 
Olhos, olhos, olhos, onde estão vocês?

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Entre o corpo e a mente


Eu prefiro tocar o seu corpo à sua mente. Nas suas curvas eu me sacio e NÃO me preocupo com a razão, ao passo que investir nos seus pensamentos, corro o risco de me enganar, afinal nem sempre os desejos emanados pelo corpo representam as verdades concretizadas pela mente. 

Cláudio Andrade.