Olhar para trás nem sempre é retroceder.

Olhar para trás nem sempre é retroceder.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Olhares

Olhares fracos de velhice; 
De lince, tamanha a exatidão; 
De criança, que tudo alegre vê; 
De mãe, que por amor às vezes finge saber; 
De amor, que insiste em não querer ver o fim; 
De paixão, que tudo quer e deseja com os olhos;
De inveja, que tudo murcha; 
De superioridade, que vez ou outra supera; 
De tesão, que por vezes goza; 
De medo, que por segundos chora;
De saudade, que agora sente; 
De solidão, mesmo com companhia; 
De sonhos, que de noite desperta; 
De abundância, que enche, mas não contempla; 
De morte, que tudo acaba; 
De esperança, que tudo floresce; 
Olhos, olhos, olhos, onde estão vocês?

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