Olhares fracos de velhice;
De lince, tamanha a exatidão;
De criança, que tudo alegre vê;
De mãe, que por amor às vezes finge saber;
De amor, que insiste em não querer ver o fim;
De paixão, que tudo quer e deseja com os olhos;
De inveja, que tudo murcha;
De superioridade, que vez ou outra supera;
De tesão, que por vezes goza;
De medo, que por segundos chora;
De saudade, que agora sente;
De solidão, mesmo com companhia;
De sonhos, que de noite desperta;
De abundância, que enche, mas não contempla;
De morte, que tudo acaba;
De esperança, que tudo floresce;
Olhos, olhos, olhos, onde estão vocês?
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