Por Ariana Rodrigues
Paixão, sensação gostosa que toma conta da gente. Desatina, abala a respiração e muda a forma da gente enxergar a vida. Tudo ganha cores e as flores desabrocham de repente. A partir de então, vivemos numa constante primavera emocional. A paixão modifica a paisagem do dia, nossos sentidos passam a ter sentido. Nosso coração respira diferente.
O corpo responde e a alma sorri.
Estar apaixonada é flutuar sem se preocupar com a queda, é arriscar para matar a sede da saliva, do suor da pele, abdicar dos próprios pensamentos para entregá-los a uma só pessoa. Apaixonada, burra, boba, idiota, mas feliz.
Lembrar dele desde a hora de vestir a roupa, passando perfume, ajeitando o cabelo e até quando postamos uma frase no Facebook. Esperar que ele curta, comente, interaja, saiba da nossa existência.
Apaixonar-se é alimentar-se da atenção alheia para seguirmos em frente. É encantar-se com uma nuvem que cerca o sol, com a chuva batendo no vidro, com o frescor de uma nova vida.
Estar apaixonada é viver além do permitido, é descobrir que existe algo maior do que os limites do corpo.
Estar apaixonada é o vestibular da vida amorosa, teste de fogo para a escola do amor. Estar apaixonada é tão bom quanto perigoso, mas não trocamos essa sensação por nada.
Mesmo que o desapego nos machuque, a dor não é maior do que a vontade de viver uma paixão novamente.
Paixão pode ir e voltar, pode doer e machucar, mas enquanto ela permanece, nos traz uma felicidade incomum, restrita apenas aos apaixonados. Eu amo estar apaixonada e me apaixono a cada dia por essa vontade de viver.
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