Olhar para trás nem sempre é retroceder.

Olhar para trás nem sempre é retroceder.

domingo, 3 de junho de 2018

A chuva e o lar


Hoje o Domingo termina com chuva e logo levanta do solo o cheiro de terra molhada;
Sinto o vento que entra pela varanda onde a rede, vazia, fica úmida, pois não há corpo no seu interior;

Aqui, na sala vazia, contemplo o silêncio e ouço com 'maestria' o meu pensamento que viaja por pessoas e coisas;

O vento, bem 'geladinho', provoca os pelos da pele e faz o coração palpitar um pouco mais do que o normal;

O lar é o reflexo do coração, pois quando chegamos nele sentimos a presença de Deus e nosso corpo físico e mental se sente seguro, como se ali fosse a nossa caverna;

Um bom lar precisa ser feito, não comprado. Nele é você o grande anfitrião e nele os atores deverão sempre serem seus cúmplices;

O gostoso seria poder sentir sempre o perfume do lar nos embriagando e nos fazendo gemer até sozinho;

Sinto a fraqueza de ser humano, mas a força de ser blindado por Deus e essa energia que chega através do Espírito Santo me renova, contagia e me faz ser nutrido de boas novas;

Nossa mente é como a sua casa: se bem frequentada, você tem um lar; se mal, terá um inferno. Precisamos escolher bem nossos pensamentos para que sejamos no externo exatamente o que estamos construindo internamente;

A única dor é que há pessoas que precisam de nossos abraços e beijos e às vezes a duplicidade de lares não possibilita essa plenitude. Ficamos buscando o cheiro, a quentura e a respiração de quem amamos;

Porém, Deus chega às orações e convida todos para uma reunião mental onde tudo de bom é florescido e o amor vence o mal;

Sou feliz por ter mais de um lar e tentarei fazer deles a junção, o complemento do meu amor pelas pessoas que nela habitam e que sinto saudades muitas saudades quando a solidão me toca despretensiosamente;

Peço que a chuva que cai tão charmosa nesse momento seja mensageira de boas novas para que a palavra lar possa sempre povoar a minha vida de forma positiva, afinal eu amo quem me ama;


quarta-feira, 25 de abril de 2018

Eu conversei com Jesus



Pai, às vezes dói, arde, embrulha o estômago e faz descer lágrimas; Eu sei meu amado, mas tem que ser assim; Pai, não quero que seja, pois ninguém gosta de sofrer; 

Filho todos os sofrimentos parecem serem eternos e intransponíveis, mas você sabe que não são e já presenciou como eu trabalho na vida dos desesperados; Filho sei o que sondas o teu coração nesta manhã, das dores de ainda não compreender as mudanças. 

Tenho enxugado as suas lágrimas e ouvido atentamente as suas orações Pai, às vezes sou mal interpretado por alguns e dependendo da pessoa isso me deixa triste e um pouco perdido; Filho, cada pessoa tem o seu histórico e todas elas possuem a capacidade de ver e interpretar as coisas ao seu modo, mas não mude muito a forma que eu escolhi para ti. 

Você conquistou tanta coisa amando e não me precisa dizer que deu muito na vida e recebeu pouco, isso eu sei, e já te renovei; Pai, às vezes penso que irei me consumir uma coisa estranha, uma viagem mental insegura; Filho, você é humano e só por isso já não se reconhece por inteiro. 

Seu amadurecimento é um caminho longo, eterno e cheio de experiências, afinal já te ensinei como controlar a sua mente. Eu estou dentro dela, não temas. Pai, não é fácil lutar contra aquilo que não vemos e isso parece desigual; 

Filho amado, no campo que a sua visão não alcança, sou eu o general que com meus anjos de guerra combato os travestidos de humano que se aproximam de você. Blindo-te e isso é porque você me busca e tem em mim, o seu amigo, confidente e protetor; 

Pai será que estou lhe contestando? Não, meu amado, você está me recebendo em sua casa, com carinho, respeito, com temor, mas como todo o humano, está inseguro e carente da gota sagrada do meu sangue, que nesse momento deixo escorrer pela sua cabeça até a ponta dos seus pés. Pai, não me abandone. 

Seja a minha luz e o meu leão de Judá. Filho, eu sou de todos que me procuram e me deixam penetrar e fazer a obra. 

Lembre-se: seus inimigos já caíram e todos eles, mesmo sem você fazer força, assistiram a sua glória, pois hoje, meu filho, você vive e eles, sobrevivem.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Pretinha

 

Como foi bom te beijar pela primeira vez;

Você ali, de ‘rabinho de cavalo’, na Penha, recebendo um despretensioso beijo na bochecha;

Das lentes do Grevi, deixamos para a eternidade, o inicio de um amor que veio selar uma amizade de alguns anos, mas que o destino não deixou o amor se antecipar; 

Faltava a mão de Deus e o toque sagrado do altíssimo que nos uniu para que pudéssemos nos completar; 

Hoje tudo é novo e ao mesmo tempo repleto de coincidências que nos faz acreditar em algo mais profundo, meio mistério, meio destino; 

Há magia no olhar, no andar e no empinar desse quadril tão desejado por mim;

Há ciúmes viscerais quando meus olhos mudam de posição ou quando alguém chega para relembrar um momento do passado; 

Há amor na cama misturado a sexo baixo, alto e sedento de descobertas; Sexo sem vergonha, abusado, desafiador e com cheiro de leite; 

Há abertura de corpos, de mente e de sexo, pois não há limites quando dois são escolhidos para se consumirem, sendo um, dono do outro; 

Há tesão de viver, de compartilhar, de trabalhar e de comemorar, no fim de cada dia, das pequenas e grandes vitórias, pois as derrotas nosso amor abstrai; 

Chegaste de onde já estava imersa; 

Desabrochas-te no momento mais difícil; 

Estais sendo flor onde pensei ser deserto por anos;

Estais sendo orgasmo nunca antes sentido; 

Estais sendo mulher, menina, amiga, ciumenta e amante;

Um grande amor, o meu calor, as minhas mais intimas fantasiais;

Quero-te muito, pois também és água a saciar minha sede de saliva e de sexo; 

Do 'banquinho à portinha' há tanto entrelaçar de corpos que até os figurantes imaginários ficam com vergonha de nós, pois não conseguem nem mesmo na liberdade de pensamento, serem melhores do que nós, gozando na realidade;

Não durou sete meses, pois ainda nem começou. 

Amo-te, minha pretinha.