Olhar para trás nem sempre é retroceder.

Olhar para trás nem sempre é retroceder.

domingo, 30 de julho de 2017

Um domingo



Não deu para agüentar, pois não sabia que na presença de Deus seria tão forte;

Foi dia de chuva, de encontros, de frio, de imersão, de cumplicidade e de choro;

Foi inicio de tarde com revelações, raiva e de ciúmes;

Após o caminhar pelas sombras veio o princípio de calmaria, onde recolhi as armas e me preparei para voltar a sonhar;

Senti sua falta, seu cheiro, seu suor, seu olhar e seu corpo;

No momento de solidão maior era no seu abraço que eu sonhava;

Na sua boca eu queria estar;

Ao seu lado eu queria ficar, mesmo que só por uma noite;

Sei que estamos perto demais e ao mesmo tempo um tanto longe;

Olhar para você faz bem demais.

Arrepia a pele, move meus ideais e acelera meu coração;

Coloquei-te no meu dia a dia da mesma forma com que bebo água ou me alimento;

Você também é alimento que sacia meu corpo e a minha mente;

Da próxima vez que eu te ver vou querer ser marcado por ti para que algumas das marcas deixadas no meu corpo sedimentem a saliva, cravem os dentes e as unhas. 


Amo-te, meu ar.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

A casa



A sua CASA é coração, terra minha que rego para que ela não murche; A sua CASA é meu amor que tudo edifica e não cai, pois estou ali, para amparar; 

A sua CASA é meu sentimento por ti, pois é firme, pois palpita de acordo com os números de olhares seus; 

A sua CASA sou eu, que me faço de teto para te proteger das tempestades e de janela para aliviar seus suspiros nos dias de falta de ar; 

A sua CASA é paixão, amor, tesão, que eu NUNCA deixarei apagar; 

A sua CASA renasceu e é nova, grande, cheia de cômodos e com um HOMEM te esperando na porta; 

O endereço da CASA é Rua do AMOR, sem número, ao lado de seus sentimentos, esquina com vida nova. 

Referência: pertinho do seu coração.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Há ciúmes



Há ciúmes

Como alguém em sã consciência pode dizer que não tem ciúmes de quem deseja ou ama? Não quero pensar em você sendo tocada, beijada e possuída por outro. 

Isso dói, machuca, dilacera e torna o amante, que se considera, o único homem seu, de mãos atadas. 

Aquelas mãos que você ama, que segura seu sexo por completo e que te toca até que tudo esteja perfeitamente encharcado esperando ser penetrada com todo amor do mundo. 

Como o que você me diz, suada e com a língua na minha orelha pode ser compartilhada com outra pessoa? 

Como o sexo gostoso que fazemos tendo os espelhos como testemunhas podem ser reprisadas com outro ator? Será que a liberdade de cheiro e de corpo também existe quando você, inadvertidamente, se encontra nos braços de outro? 

Eis me aqui, morrendo aos poucos de ciúme todas as vezes que te deixo naquela casa, onde sei que não estarei olhando dentro dos seus olhos e revelando para meu corpo, seus mais íntimos desejos. 
Ciúme que abala a paciência, o ânimo, o humor, o físico e amante. 

Ciúme que dá raiva, medo de perder e de beijar-te pela última vez. 

Não me traias, mesmo sabendo que se deitares com outro não estará ali e sim, aqui, pensando em mim, seu verdadeiro homem.

Aí, onde você se encontra tudo é abstrato e aqui, onde contemplo você nos seus sonhos, a realidade de ontem é a minha inseparável companhia. 

Não sonho mais com os sonhos vindouros, pois acumulo e compartilho com meu alter ego as sensações corporais quando você beija meu peito e faz dele, com a sua língua, nosso sexo fantasioso. 

Amo-te e começo a não suportar seu corpo fora do meu, afinal você chegou para completar seu ciclo junto a mim, meu xodozinho.

Cláudio Andrade.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Adeus ao abstrato



Tá bom, pode até parecer um sentimento sem lógica e momentâneo; Tá bom, pode até ser empolgação de um beijo isolado e de um toque despretensioso; 

Tá bom, mas nesse beijo veio tesão, emoção, sede e fome de viver; 

Nesse carinho despretensioso veio uma imensa vontade de pegar, morder, agarrar os cabelos e fazer gemer; 

Está rolando agora, na série de amor, esse absurdo de não conseguir passar um dia sem te beijar, mesmo sabendo que essa vontade não pode deixar escapar a razão; 

Tá, mas que gemido, que olhar, que vontade de deitar junto e saborear o eu, o meu, o seu; 

Poxa, já é noite e até agora não perdi a esperança de ouvir a sua voz, os seus chamados e as suas vontades que esbarram em alguns obstáculos; 

Por que você não vem livre? 

Se abra e me consuma, pois quero te dar tudo que eu tenho, da cabeça aos pés; 

Vem aqui, abre a minha porta, quebra o frio e me aquece com a sua fome de amar. Quer gemer na cozinha, na sala, na pia, no carro? Vem e pedi, pois vai ter muita coisa boa dentro de você; 

Vai ter a rigidez de uma bela cena picante e o êxtase enlouquecedor de quem quer ter ter com uma força sentida lá na espinha; 

 Você quer e essa vontade já incomoda você e distorce seu cotidiano; 

Ficaste aérea, solta, quente, molhada, fervendo. Sonha, goza, se banha buscando fugir do cheiro entranhado no corpo que tem gosto de sexo, de lábio e de saliva; 

No enlouquecer do prazer ao pé do ouvir experimentaste a si próprio lambendo seus líquidos e cheirando a pele arrepiada após aquele gozo; 

 Tá bom, mas e agora? Ficará a deriva ou pegará o meu mastro? 

Vai na onda sem mim ou abrirá essa boca para receber a minha língua? 

Vem, traz seu corpo, me deixa experimentar e quem sabe as suas dúvidas desaparecem com um grito de orgasmo múltiplo?

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Abriu a janela e deixou o coração falar..


Então foi como imaginei?

Então era isso que você sonhava?

Que paz, que luz, que amizade consolidada, que excitação, que cheiro, que tudo....

Agora é beber dessa água boa, desse abstrato destruído, desse concreto florido;

Quis Deus que fosse no inverno, para que houvesse mais abraços, mas toques e mais cumplicidade;

Apesar do sopro da vida, foi com respiração ofegante que seus lábios molharam os meus, que seus gemidos chegaram aos meus ouvidos e que a ‘pegada’ pelos cabelos abriu a janela do coração e colocou a razão de castigo;

Agora é gosto de quero mais misturado com pitadas de sem vergonhice, que aflora segundo a segundo;

Vai ter de novo, vai ter muitas vezes e quando o seu corpo deitar ai, meu amor, vai ser fogo que queima pele, que excita, que goza e que devolve o brilho aos olhos de quem antes sentia-se invisível.