Olhar para trás nem sempre é retroceder.

Olhar para trás nem sempre é retroceder.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Pretinha

 

Como foi bom te beijar pela primeira vez;

Você ali, de ‘rabinho de cavalo’, na Penha, recebendo um despretensioso beijo na bochecha;

Das lentes do Grevi, deixamos para a eternidade, o inicio de um amor que veio selar uma amizade de alguns anos, mas que o destino não deixou o amor se antecipar; 

Faltava a mão de Deus e o toque sagrado do altíssimo que nos uniu para que pudéssemos nos completar; 

Hoje tudo é novo e ao mesmo tempo repleto de coincidências que nos faz acreditar em algo mais profundo, meio mistério, meio destino; 

Há magia no olhar, no andar e no empinar desse quadril tão desejado por mim;

Há ciúmes viscerais quando meus olhos mudam de posição ou quando alguém chega para relembrar um momento do passado; 

Há amor na cama misturado a sexo baixo, alto e sedento de descobertas; Sexo sem vergonha, abusado, desafiador e com cheiro de leite; 

Há abertura de corpos, de mente e de sexo, pois não há limites quando dois são escolhidos para se consumirem, sendo um, dono do outro; 

Há tesão de viver, de compartilhar, de trabalhar e de comemorar, no fim de cada dia, das pequenas e grandes vitórias, pois as derrotas nosso amor abstrai; 

Chegaste de onde já estava imersa; 

Desabrochas-te no momento mais difícil; 

Estais sendo flor onde pensei ser deserto por anos;

Estais sendo orgasmo nunca antes sentido; 

Estais sendo mulher, menina, amiga, ciumenta e amante;

Um grande amor, o meu calor, as minhas mais intimas fantasiais;

Quero-te muito, pois também és água a saciar minha sede de saliva e de sexo; 

Do 'banquinho à portinha' há tanto entrelaçar de corpos que até os figurantes imaginários ficam com vergonha de nós, pois não conseguem nem mesmo na liberdade de pensamento, serem melhores do que nós, gozando na realidade;

Não durou sete meses, pois ainda nem começou. 

Amo-te, minha pretinha.