Quanta coisa dói no coração da gente; 
Dói a dor, o amor, a paixão, a tristeza, o carinho e até a alegria, quando contagiante; 
Das dores, há uma estranha, repentina, doce, forte e avassaladora que só não derruba o cascudo; 
Essa dor que não vem do ventre, mas é corrente, pois também é nascimento, ressurreição, destino traçado; 
Dor de querer, poder e não fazer; 
Dor de desejo, de enlouquecer em não dizer o esperado vem; 
Dor bandida de coração ladrão; 
Dor ferrenha que te torna menino bobão; 
Dor de vontade de beijar a boca distante e a pele que de longe exala o mais profundo pensamento; 
O corpo que diz sim e o coração também, mas ai vem a tal da antidemocrática razão; 
Razão de um que não se junta ao irracional do outro, como água e óleo relutam em tentar se misturar; 
Vai coração.... bate...vai.........
 

 

